Após as falas dos jovens na Abertura do Ano Pastoral da RENSA, no dia 17 de fevereiro, Dom Nivaldo Ferreira compartilhou uma síntese da partilha feita por representantes das juventudes que participaram do evento na Cúria Regional, em Contagem. Confira:
De vocês (jovens) nós ouvimos hoje (17/2/2024):
Para os jovens, a Igreja e a nossa Região Episcopal precisam pensar em acompanhamento, em formação, em dinâmicas que despertem a vocação, dando oportunidades aos jovens a experimentarem a alegria e a perplexidade de participar.
Os nossos jovens esperam apoio. Eles querem viver a força que possuem e a determinação que assumem para viver suas missões dentro da Igreja. Por isso, esperam que a igreja seja um ambiente acolhedor e inclusivo.
Jovens veem as oportunidades das nossas comunidades paroquiais, dos movimentos, dos segmentos como ferramentas para a evangelização. Esses são verdadeiros momentos em que os jovens podem fazer fundantes experiências do amor a Jesus Cristo e isso pode ajudá-los também a eles mesmos espalhar esse amor de Jesus Cristo a outros jovens.
Os jovens estão na igreja, a maioria deles, com fé de raiz: fé recebida na família. Às vezes a grande maioria dos jovens termina por desistir porque caem no automático. Por isso, as experiências fortes que fazem, quando têm oportunidade, os levam a serviços e pastorais.
Neles há esperança de que seus serviços sejam acolhidos e para isso esperam de nós paciência. Eles esperam que sejam incentivados e também gostam de saber que eles mesmos podem acompanhar outros jovens: jovens acolhendo jovens; jovens evangelizando jovens; jovens como catequistas apaixonados por ensinar o que receberam dos ensinamentos religiosos e sociais; jovens que se dispõem a participar de serviços que possuem habilidade como, por exemplo, nas mídias sociais, no mundo digital (claro são os que têm mais habilidade). Mas, eles reclamam: ‘não somos só nós quem temos que assumir específicos trabalhos. Nós queremos nos misturar com todos, em todas as ações pastorais das mais diversas realidades e com as mais diversas faixas etárias’.
Jovens querem ser presença e não se sentirem desconfortáveis pela sua presença, sendo avaliados com comentários que os faz ficar preocupados se é adequado ou não. Jovens querem se sentir na Igreja de tal forma acolhidos, que possam assumir suas missões evangelizadoras com tranquilidade.
As percepções que os jovens têm de Igreja que muda, de Igreja que se transforma em igreja cada vez mais de comunhão eletrizam suas vidas. Por isso, podem com estas percepções novas, quando acontecem, se comprometerem mais principalmente através da catequese de Crisma que é a catequese conclusiva da iniciação cristã. Com isso podem se tornar diferentes do que até já dissemos aqui hoje: jovens que somem? Não! Podem se tornar jovens zelosos, mesmo com seus problemas familiares.
Existem muitas possibilidades de ser jovem na Igreja e eu vi que na nossa Região é real esta afirmação é possível por causa da alegria que o jovem tem, da sua irreverência. Se encontram um apoio, se ganham destaque podem avançar e podem ajudar a Igreja a ser muito melhor.
Quero terminar com a frase de São João Bosco, que é encantadora e é do patrono das juventudes (todas elas): “Que os jovens se sintam amados”.
https://www.youtube.com/live/5_GsOJQnYB4?si=-SQOiwVYuZ4h7faG&t=5852