Santuário Arquidiocesano
Você está em:

[ Artigo] Iniciação Cristã – Uma catequese imergida em uma nova realidade – Neuza Silveira

A missão essencial da Igreja é evangelizar, dando continuidade à missão de Jesus Cristo que era levar a Boa-Nova do Evangelho a todas às nações. Evangelizar é também catequizar. A catequese é atividade tão antiga quanto a Igreja e, desde então, sempre destinou a ela atenção especial para não perder de vista seu objetivo.

E qual é esse objetivo?

O objetivo da catequese nada mais é do que fazer chegar a mensagem de Jesus, mensagem de vida e de felicidade, aos nossos catequizandos. A catequese tem tudo a ver com a vida concreta de cada um(a). Não é uma doutrina complicada a ser colocada na cabeça e ser decorada. Mas, é uma valiosa orientação para a vida de cada dia, no ambiente concreto, para se chegar à plenitude da vida cristã.

Pensamos na catequese como um processo de transmissão da fé e no catequista como aquele que crê, vive e transmite aos seus catequizandos aquilo que recebeu da Igreja. Assim, vê-se que há uma relação intrínseca entre catequista e catequizando, uma proximidade pessoal onde a presença de uma influencia diretamente a outra.

Essa catequese leva a mensagem de Jesus que, quando transmitida a partir de um processo iniciático, coloca-nos inseridos em uma nova realidade a qual significa percorrer o caminho da vida, paixão, morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito Santo e retorno glorioso. Isto é, os catequizandos são introduzidos no mistério Pascal.

Qual o melhor método para alcançarmos nosso objetivo?

Também não podemos perder de vista que a metodologia aplicada para apresentar o conteúdo da catequese, considerando a dinâmica do encontro está no Diretório Nacional de Catequese que indica, como orientação, o conhecido método “VER – JULGAR (ou Iluminar) – AGIR – CELEBRAR – REVER (DNC cf. n° 157)”. Este método se aplica a qualquer tipo de catequese, seja para crianças, adolescentes, jovens ou adultos.

O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela. Para bem realizar o encontro, o catequista desenvolve toda uma preparação do ambiente, atenção aos símbolos, o cuidado com cada um dos catequizandos, uma acolhida alegre e um conteúdo bem-preparado. Todos estes cuidados proporciona a integração de todas as dimensões da pessoa em um processo de crescimento gradual e vivencial que o insere no caminho comunitário cristão e na vida da Igreja. Com uma boa catequese, a vida cristã desperta as pessoas para novas relações e ações.

O encontro catequético apresenta o seguinte desenvolvimento:

1. VER: Olhar a vida, a situação dos catequizandos, os problemas e dificuldades encontrados, as dúvidas e perguntas existentes, experiências vividas. Através de um diálogo aprofunda-se a realidade, analisando causas, atitudes etc.

2. ILUMINAR a realidade com a Palavra de Deus: o que Deus nos diz, como encarar o problema, como descobrir a mensagem de “libertação”.

3. CELEBRAR. Encontrar-se com Deus na oração, interiorizando a mensagem.

4. AGIR. Voltar novamente à vida concreta, mas com olhos diferentes, com os olhos da fé, com uma mudança de mentalidade, assumindo o compromisso de viver concretamente a mensagem recebida.

5. REVER: de vez em quando, se faz, em equipe, uma avaliação do processo catequético.

Nesse novo projeto catequético que inicia o catequizando para a vivência da fé, inserindo-o no Mistério do Cristo ressuscitado, a pessoa do catequizando, seja ela criança, jovem ou adulta, aprende a caminhar percorrendo o itinerário proposto por Jesus que se encontra em seus ensinamentos nas Escrituras, principalmente, no Novo Testamento.

Para inserir a catequese no processo de Iniciação à vida Cristã, buscando inspirar-se no modelo da catequese catecumenal dos primeiros séculos, sabemos que se trata de um processo que requer novas disposições pastorais. Necessário se faz que a Igreja como um todo se insira nesse processo de inspiração catecumenal, e as pastorais se envolvam, abram-se aos novos sinais dos tempos, façam escolhas corajosas, propiciando a transformação para a vivência de um novo paradigma: que todos possam experimentar uma Igreja aberta, de saída, inclusiva, onde todos participam do Mistério Pascal e se deixa impregnar-se desse Mistério, essência da fé cristã.

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.

 

 

 

A missão essencial da Igreja é evangelizar, dando continuidade à missão de Jesus Cristo que era levar a Boa-Nova do Evangelho a todas às nações. Evangelizar é também catequizar. A catequese é atividade tão antiga quanto a Igreja e, desde então, sempre destinou a ela atenção especial para não perder de vista seu objetivo.

E qual é esse objetivo?

O objetivo da catequese nada mais é do que fazer chegar a mensagem de Jesus, mensagem de vida e de felicidade, aos nossos catequizandos. A catequese tem tudo a ver com a vida concreta de cada um(a). Não é uma doutrina complicada a ser colocada na cabeça e ser decorada. Mas, é uma valiosa orientação para a vida de cada dia, no ambiente concreto, para se chegar à plenitude da vida cristã.

Pensamos na catequese como um processo de transmissão da fé e no catequista como aquele que crê, vive e transmite aos seus catequizandos aquilo que recebeu da Igreja. Assim, vê-se que há uma relação intrínseca entre catequista e catequizando, uma proximidade pessoal onde a presença de uma influencia diretamente a outra.

Essa catequese leva a mensagem de Jesus que, quando transmitida a partir de um processo iniciático, coloca-nos inseridos em uma nova realidade a qual significa percorrer o caminho da vida, paixão, morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito Santo e retorno glorioso. Isto é, os catequizandos são introduzidos no mistério Pascal.

Qual o melhor método para alcançarmos nosso objetivo?

Também não podemos perder de vista que a metodologia aplicada para apresentar o conteúdo da catequese, considerando a dinâmica do encontro está no Diretório Nacional de Catequese que indica, como orientação, o conhecido método “VER - JULGAR (ou Iluminar) - AGIR - CELEBRAR - REVER (DNC cf. n° 157)”. Este método se aplica a qualquer tipo de catequese, seja para crianças, adolescentes, jovens ou adultos.

O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela. Para bem realizar o encontro, o catequista desenvolve toda uma preparação do ambiente, atenção aos símbolos, o cuidado com cada um dos catequizandos, uma acolhida alegre e um conteúdo bem-preparado. Todos estes cuidados proporciona a integração de todas as dimensões da pessoa em um processo de crescimento gradual e vivencial que o insere no caminho comunitário cristão e na vida da Igreja. Com uma boa catequese, a vida cristã desperta as pessoas para novas relações e ações.

O encontro catequético apresenta o seguinte desenvolvimento:

1. VER: Olhar a vida, a situação dos catequizandos, os problemas e dificuldades encontrados, as dúvidas e perguntas existentes, experiências vividas. Através de um diálogo aprofunda-se a realidade, analisando causas, atitudes etc.

2. ILUMINAR a realidade com a Palavra de Deus: o que Deus nos diz, como encarar o problema, como descobrir a mensagem de "libertação".

3. CELEBRAR. Encontrar-se com Deus na oração, interiorizando a mensagem.

4. AGIR. Voltar novamente à vida concreta, mas com olhos diferentes, com os olhos da fé, com uma mudança de mentalidade, assumindo o compromisso de viver concretamente a mensagem recebida.

5. REVER: de vez em quando, se faz, em equipe, uma avaliação do processo catequético.

Nesse novo projeto catequético que inicia o catequizando para a vivência da fé, inserindo-o no Mistério do Cristo ressuscitado, a pessoa do catequizando, seja ela criança, jovem ou adulta, aprende a caminhar percorrendo o itinerário proposto por Jesus que se encontra em seus ensinamentos nas Escrituras, principalmente, no Novo Testamento.

Para inserir a catequese no processo de Iniciação à vida Cristã, buscando inspirar-se no modelo da catequese catecumenal dos primeiros séculos, sabemos que se trata de um processo que requer novas disposições pastorais. Necessário se faz que a Igreja como um todo se insira nesse processo de inspiração catecumenal, e as pastorais se envolvam, abram-se aos novos sinais dos tempos, façam escolhas corajosas, propiciando a transformação para a vivência de um novo paradigma: que todos possam experimentar uma Igreja aberta, de saída, inclusiva, onde todos participam do Mistério Pascal e se deixa impregnar-se desse Mistério, essência da fé cristã.

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.